Frase da semana

A manifestação popular é a legitimação da democracia (Dilma Roussef)

sexta-feira, 25 de novembro de 2011

Carta de um preso político perseguido pelo reitor-interventor Rodas por lutar pela Autonomia Universitária Rodas – reitor biônico da Universidade de São Paulo

     João Grandino Rodas, no início de seu mandato, se autodenominava o reitor do diálogo. O movimento combativo da USP nunca se deixou enganar. Rodas, no seu estado larval, se nutriu do chorume da ditadura militar e agora na condição de verme aplica aquele mesmo modelo repressivo aqui na Universidade de São Paulo.

       Em 2007, quando era diretor da Faculdade de Direito, mandou a tropa de choque ao Largo São Francisco para reprimir manifestantes que lutavam contra os decretos do Serra para o ensino superior paulista. 

     Em 2009, redigiu a portaria que pôs a PM no campus Butantã para dissolver piquetes na greve de funcionários. Foi em 2009 também que o choque perseguiu estudantes, que se manifestavam contra a polícia no campus, do P1 até o prédio da História sob chuva de bombas e balas de borracha. Além disso, a cada greve, a cada piquete, mais e mais estudantes e trabalhadores são processados pela universidade.

     A polícia, mesmo de forma irregular segundo o estatuto da USP, já estava dentro do campus há alguns anos. No dia da morte do estudante da FEA, no primeiro semestre deste ano, a PM estava fazendo uma blitz próxima ao P3 dentro da USP. O assassinato serviu de pretexto para que a reitoria oficializasse a presença da PM na universidade sob o pretexto da falta de segurança.

       Existe a tendência de personalizar a política repressiva na figura do reitor, mas devemos ter clareza de que ele está aqui para cumprir um papel determinado pelo governo do estado de São Paulo. O estado burguês aplica aqui na universidade uma política privatista que se traduz em terceirizações, incentivo às PPPs via fundações, descaracterizando o caráter público da universidade, precarização do ensino para dar espaço à iniciativa privada, dentre outras coisas. Ao mesmo tempo em que é privatista, a política do Estado é elitista. A restrição do acesso via muros da universidade e via vestibular, contribui para que o campus se transforme num reduto da “playboyzada”, atraindo a atenção dos excluídos para furtos e assaltos.

       Rodas é um interventor do Estado dentro da universidade. É um pau mandado do Governo estadual. Ela aplica a política de destruição da universidade de forma mais contundente que outros setores da burocracia acadêmica e acaba gerando alguns atritos interburocráticos os quais costuma ignorar, pois tem o respaldo de Geraldo Alckmin e de sua camarilha pró-capitalista.

Reunião de negociação do dia 07/11 
          A segunda reunião de negociação do movimento de ocupação com representantes da reitoria realizada na última segunda-feira não avançou em relação à primeira. A reitoria propôs, novamente, um grupo de trabalho misto (movimento e burocracia) para revisar o convênio com a PM e outro grupo de trabalho para rever um a um todos os processos administrativos contra estudantes e trabalhadores. Os negociadores da reitoria, Messias e Amadio, queriam firmar um acordo de desocupação do prédio da reitoria com os representantes do movimento nos moldes que devem estar acostumados a fazer com a burocracia estudantil. A comissão da ocupação se comprometeu apenas a levar a “nova” proposta à assembléia estudantil e isso não era o suficiente para a reitoria, que não se comprometeu a adiar o prazo da reintegração de posse do edifício. Ademais, condicionou a reunião seguinte à desocupação. A reitoria pagou para ver.

08/11 – Pra quem ainda tinha alguma dúvida...
        O movimento de ocupação do prédio da reitoria vinha travando o debate sobre a presença da PM no campus colocando que se trata de mais um passo na escalada repressiva do Estado e da burocracia acadêmica que tentam calar as vozes que se levantam contra a política privatista e elitista para a universidade. A reitoria, com a ajuda da mídia burguesa, tentava ganhar a opinião pública caracterizando o movimento como sendo de maconheiros e baderneiros. O senso comum, de maneira geral comprou a idéia de que é a questão de segurança o plano de fundo de todo esse embate.                                                                                                                                    

        A PM não está no campus para garantir a segurança da comunidade USP. Para quem ainda tinha alguma dúvida, a entrada de 400 policiais armados para prender 73 estudantes, que estavam se manifestando politicamente na reitoria ocupada, demonstra cabalmente a função da PM na USP. Não há argumento que justifique tamanha utilização de força a não ser a perseguição política ao movimento. Serão mais 73 processos criminais e  mais 73 processos internos administrativos, totalizando o recorde de 146 novos processos. É a política do terror para barrar o movimento.

       O movimento estudantil que novamente se levanta deve se pautar pela questão mais imediata, que é a da perseguição política dentro da universidade. Não podemos parar até a retirada de todos os processos políticos contra estudantes e trabalhadores e da PM da USP (bandeira congressual há anos). Qualquer outra orientação para o movimento é distracionista e tenderá a nos levar à derrota.

         Não existe segurança no capitalismo. Não podemos nos deixar levar pelo argumento da falta de segurança na universidade. A polícia está em todo lugar e em todo lugar há crimes. A falta de segurança é fruto da sociedade de classe, da exploração do homem pelo homem, do desemprego, da exclusão, da falta de oportunidades. É a opressão de classe a que é submetida a maioria da sociedade a causa da violência. Isso é capitalismo. 

         Defendemos a revolução e ditadura do proletariado porque ela é necessária para destruir a ditadura de classe da burguesia, que é o conteúdo até mesmo do mais democrático dos regimes sob o capitalismo. Só a sociedade sem classes, o comunismo, vai dar iguais oportunidades a toda humanidade e encerrar a barbárie social que o capitalismo nos impõe. A questão de segurança, portanto, jamais vai se resolver com mais ou menos policiais nas ruas ou na universidade. É utopia acreditar nisso. Isso sim é idealismo. O fato é que a polícia no campus significa mais repressão. Recusamo-nos a cair na conversa mole do governo, de sua marionete Rodas e da imprensa vendida, que usam o uso da maconha e a criminalidade para impor mais repressão. Erguemos nossos punhos dentro e fora da universidade para combater a opressão de classe, que se concretiza na polícia.


10 de novembro de 2011

quarta-feira, 16 de novembro de 2011

Bem Vindo à Marinha dos Estados Unidos

Problemas com o sistema de sanitários do porta-aviões USS George H.W. Bush está causando sérios transtornos aos mais de 5 mil tripulantes a bordo.

Já maginou fazer uma viagem, digamos, de Porto Alegre até Salvador em um ônibus sem banheiro e por uma rodovia completamente sem acostamento? É algo parecido com isso que os marinheiro do porta-aviões USS George H.W. Bush estão vivendo, com a diferença de que eles estão no meio do oceano.

Informações vindas da própria Marinha norte-americana dizem que todos os 423 banheiros da embarcação estão sofrendo com uma imensidade de problemas. Grande parte deles devido ao sistema de sucção a vácuo,que consiste em 400 kms de tubulações, e vêm apresentando falhas sistematicamente.

Embora pareça uma situação engraçada, na realidade essa circunstância está gerando diversos problemas para o bem estar dos mais de 5 mil marinheiros que estão à bordo do porta-aviões. Alguns alegam que levam mais de uma hora andando pela embarcação até encontrar um local onde possam fazer suas necessidades, enquanto outros acabam aliviando em garrafas, chuveiros ou pias.

Mas quem não tem essa sorte (ou não quer ser pego pelos oficiais agindo ilegalmente), principalmente no caso das mulheres, acabam tendo de segurar suas necessidades por tanto tempo que estão começando a desenvolver infecções urinárias devido ao problema com os banheiros.

Enquanto os marinheiros culpam a Marinha por ter criado um sistema falho, esta culpa os próprios usuários por estarem “dando a descarga” em materiais inapropriados.

O problema é tão sério que já exigiu dos engenheiros mais de 10 mil horas de mão de obra para tentar ser solucionado, mas ainda sem muito sucesso. Enquanto isso, os tripulantes da embarcação que custo mais de 6,2 bilhões de dólares, continuam buscando alternativas aos banheiros.

Leia mais em: http://www.tecmundo.com.br/tecnologia-militar/15398-falta-de-banheiros-em-embarcacao-obriga-marinheiros-a-darem-um-jeitinho-.htm#ixzz1dsw1TZff