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quarta-feira, 17 de março de 2010

Sobre os Direitos Humanos


Por: Everton Marques de Carvalho[I]

Foi veiculada na tarde de terça-feira (17/03), no Jornal Hoje, da TV Globo, uma notícia falando acerca de um fato ocorrido no interior do estado de São Paulo, em que uma mãe acorrenta seu filho à cama na tentativa de afastá-lo do uso do carck. Sabe-se que o crack mata em média no terceiro ano de uso.
O instinto protetor, exclusivo aos mamíferos, consiste no fato de os pais, ou a mãe fazerem o que for preciso para garantir o bem-estar de sua prole. Pois bem, com os seres humanos não é bem diferente. O caso ocorrido em 2009, quando uma mãe se joga num buraco sem saber nadar para salvar o seu filho de um afogamento resume isso, o Homem é um animal que usa a razão, as na maioria de suas ações são comandadas pelos seus instintos.
Para conter esses instintos foi criada a Declaração Universal dos Direitos Humanos, que diz em um de seus tantos artigos: “Todo ser humano tem direito à Vida e à Liberdade”, e foi se valendo desse princípio que o Estado de Direito existente no Brasil puniu a mãe. Dizendo que ela privou a seu filho da Liberdade e da vida.
Mas, que vida seria essa onde o menino estaria condenado a uma morte prematura, ou pela droga, ou elos que alimentam à sua morte lenta e dolorosa, não só pra ele, mas para toda a família? Que liberdade seria essa, sabendo-se que esse menino está preso ao vício que o matará em breve? Que liberdade terá essa família uma vez que esta também sofre os efeitos das drogas.
O eu essa mãe fez foi um gesto de amor, um gesto que expressa o quanto ela quer bem ao seu filho, um gesto que mostra o quanto uma mãe é capaz de querer bem ao seu filho. Mesmo sabendo que ele sofre, sofrendo em virtude do sofrimento de seu filho, mesmo sabendo que seria punida pelos “defensores” dos Direitos Humanos.
O Estado brasileiro deve sim lutar pelos direitos à vida, à liberdade, à uma vida digna. Não pelos que vivem a descumprir a Lei, os que fazem com que mães sofram em virtude da certeza da morte prematura de seu filho. O Estado deve lutar pelos Direitos Humanos dos que são humanos, dos que trabalham, dos que saem de casa para defender o seu pão feito de suor, pelos que precisam ser defendidos, não pelos que roubam e salteiam, dos que matam famílias inteiras.


[I] Graduando em Pedagogia pela Faculdade Adventista de Educação do Nordeste (FAENE); graduando em História pela Universidade Federal do Recôncavo da Bahia (UFRB); e-mail: everton.mdecarvalho@yahoo.com.br; home Page: http://arvoredaliberdade.blogspot.com/.

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