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sábado, 22 de dezembro de 2012

Manifesto de um Brasileiro desesperado


Mais um ano caminha para o seu fim e essa merda de país continua embebida na mesma imundície e safadeza, numa lama de corrupção com um povo que assiste a tudo e diz ter orgulho de nascer nesse pedaço de terra. Como se não bastassem as mazelas que nosso povo sofre nas filas quilométricas de hospitais sucateados nos quais falta tudo menos gente morrendo, nas escolas sucateadas, esfrangalhadas, sofre com os baixos salários, a falta de alimentação decente e moradias precárias.

Discordo com o “nosso lema” ORDEM E PROGRESSO, nunca houve ordem nem progresso nisso que erroneamente chamamos de país. Divido que haja ordem num país em que é preciso uma lei para punir maridos agressores e motoristas embriagados, num país em quem manda quem tem dinheiro e político corrupto não pode ser preso graças à bosta de legislação que temos. Quanto ao progresso..., só ocorre para os que nos exploram, Portugal, durante certo tempo, Inglaterra e agora os Estados Unidos. Ainda acham de chamar de país em desenvolvimento porque acham humilhante chamar de sub-desenvolvido ou de terceiro mundo. Essa bagaça pra ser subdesenvolvido tem que se desenvolver muito, e terceiro... quando vejo a quantidade de pessoas nas ruas ou de crianças trabalhando, me imagino num país de 8º mundo. Progresso só mesmo fora das fronteiras, pois há em proporções estratosféricas desempregados, sem-teto, trabalhadores sendo explorados bem como rios poluídos e ruas sujas.
Concordo que, assim como divulgado via facebook, nosso lema deveria ser mudado para FUTEBOL E NOVELA, pois é só isso que o Brasil exporta de bom, não devemos negar a ata exportação de bundas bronzeadas e sandálias havaianas.
E quanto à arte popular brasileira, com exceção do humor, que por força do “politicamente correto” foi limitado, é uma total tragédia, um retrato escancarado do total caos e depravação que a cultura brasileira se encontra. Coisas que se atrevem a chamar de arte: funk, sertanejo universitário, axé music e pagode retratam nosso povo, e são difundidos pelo mundo nas piores formas terríveis, como o carnaval, A Fazenda, o BBB. As novelas ainda pode ser aceitas pois abordam temas de interesse social, violência contra a mulher, trabalho infantil, homofobia, e outras retratam períodos específicos de nossa história.
Quando ao BBB e à Fazenda, merecem um parágrafo a parte, mostram apenas a futilidade, uma estirpe calamitosa de nossa visão acerca da mulher. Tais programas resumem à mulher à bunda, e tratam a vida como festa, bebedeira, sombra e água fresca, mostram que aqui nessa balbúrdia que chamamos de país é possível ficar rico sem o mínimo trabalho e ainda sair bem na foto (geralmente na foto de uma revista masculina). Atrevo-me a dizer que essa é uma prostituição legitimada pela própria população, uma prostituição no qual mulheres deixam de vender o corpo diretamente, mas o vendem indiretamente através da imagem.
Outro ponto interessante é o carnaval, ponto máximo da depravação cultural brasileira, no qual o melhor a fazer é sair do país ou se recolher no campo. Pois na cidade a balbúrdia e a patifaria acabam por ser a cara do brasileiro, assumem a forma animalesca e se transformam em uma algazarra, desordenada, uma orda de selvagens que pode a qualquer momento se portar como vândalos espalhando uma desordem, como se já não a causassem. Basta observar as toneladas de lixo, urina e fezes que ficam depositadas nas ruas, os trilhões de reais que são gastos com essa festa.
Se fosse eu um presidente ou governador reverteria esse dinheiro para o Fome Zero, a reforma de escolas e hospitais, a melhoria da segurança pública ou a construção de casas populares, seria uma boa oportunidade de amenizar as mazelas que nosso povo tanto sofre e gerar emprego para os chefes de família, bem melhor que criar cotas nas universidades, é ter uma sociedade menos injusta, sem tantos preconceitos e sem tantos políticos corruptos.
Nada disso que eu peço vai se concretizar, mas é bom ter esperança de que talvez quem sabe um dia isso possa acontecer, feliz natal e ano novo só depois do carnaval, pra variar.
São os votos de um brasileiro que ama sua pátria.

Um comentário:

Unknown disse...

Gostei muito deste texto,inclusive sai por ai reproduzindo o mesmo,devido a sua importância.Abraços!!