Por Leodécio Filho
Provavelmente estou enviando esta mensagem a algum amigo que já a recebeu. Por isso, seria bom deixar meu comentário.
Cuidado: o texto a seguir é extremamente imparcial. Ao lê-lo, você corre o risco de se interessar pela cultura nordestina. Talvez seja tomado pela curiosidade. Afinal, quem são essas pessoas tão influentes na arte brasileira? Muitos nomes podem até soar familiares, mas as massas populares desse país, tanto no Nordeste quanto no Sul e no Sudeste, não devem conhecer muito bem suas obras.
Cultos e ignorantes existem em todo o país. Ricos e pobres existem em todo o país. Não só em todo nosso país mas em todos os países. Isso não se limita a um espaço geográfico. Afinal, nem mesmo uma cultura ou etnia em nosso mundo globalizado está limitada a um espaço geográfico. Sendo assim, que diferença faz a região?
Citando minha tia (acho que a frase é dela mesmo): "Todo preconceito é burro". Desde o tempo em que se acreditava na superioridade masculina, passando pela escravidão ("negros não têm alma") e pelo anti-semitismo (lembram do holocausto?) até essa onda anti-nordeste, a natureza do preconceito é a mesma. E ainda há outras formas de preconceito, que podem até se manifestar sem que o indivíduo perceba que é preconceituoso. O preconceito pode ainda ser usado como pretexto quando o interesse é econômico ou político. Nesse caso, trata-se da eleição da atual presidente/presidenta.
Não existem raças. Existem diferenças. Quando não são aceitas, surge o preconceito. O problema do preconceito fica ainda maior quando um preconceito forma outro. É por isso que tem gente usando camisas "100% Negro". E se fosse "100% Branco"? Pegaria mal, não é? Assim, o texto que se segue é uma reação a uma manifestação preconceituosa. Que os paulistas não se sintam desconfortáveis.
Tá bom, já escrevi demais. Fiquem com José Barbosa Junior.
Vale a pena ler!!!
Calem a boca, nordestinos!
Por José Barbosa Junior
O que me motivou a escrever este texto foi a celeuma causada na internet, que extrapolou a rede mundial de computadores, pelas declarações da paulista, estudante de Direito, Mayara Petruso, alavancada por uma declaração no twitter: "Nordestino não é gente. Faça um favor a SP, mate um nordestino afogado!".
Infelizmente, Mayara não foi a única. Vários outros "brasileiros" também passaram a agredir os nordestinos, revoltados com o resultado final das eleições, que elegeu a primeira mulher presidentE ou presidentA (sim, fui corrigido por muitos e convencido pelos "amigos" Houaiss e Aurélio) do nosso país.
E fiquei a pensar nas verdades ditas por estes jovens, tão emocionados em suas declarações contra os nordestinos. Eles têm razão!
Os nordestinos devem ficar quietos! Cale a boca, povo do Nordeste!
Que coisas boas vocês têm pra oferecer ao resto do país?
Ou vocês pensam que são os bons só porque deram à literatura brasileira nomes como o do alagoano Graciliano Ramos, dos paraibanos José Lins do Rego e Ariano Suassuna, dos pernambucanos João Cabral de Melo Neto e Manuel Bandeira, ou então dos cearenses José de Alencar e a maravilhosa Rachel de Queiroz?
Só porque o Maranhão nos deu Gonçalves Dias, Aluisio Azevedo, Arthur Azevedo, Ferreira Gullar, José Louzeiro e Josué Montello, e o Ceará nos presenteou com José de Alencar e Patativa do Assaré, Sergipe nos deu Tobias Barreto e Hermes Fontes e a Bahia em seus encantos nos deu como herança Jorge Amado, vocês pensam que podem tudo?
Isso sem falar no humor brasileiro, de quem sugamos de vocês os talentos do genial Chico Anysio, do eterno trapalhão Renato Aragão, de Tom Cavalcante e até mesmo do palhaço Tiririca, que foi eleito o deputado federal mais votado pelos... pasmem... PAULISTAS!!!
E já que está na moda o cinema brasileiro, ainda poderia falar de atores como os cearenses José Wilker, Luiza Tomé, Milton Moraes e Emiliano Queiróz, o inesquecível Dirceu Borboleta, ou ainda do paraibano José Dumont ou de Marco Nanini, pernambucano.
Ah! E ainda os baianos Lázaro Ramos e Wagner Moura, que será eternizado pelo "carioca" Capitão Nascimento, de Tropa de Elite, 1 e 2.
Música? Não, vocês nordestinos não poderiam ter coisa boa a nos oferecer, povo analfabeto e sem cultura...
Ou pensam que teremos que aceitar vocês por causa da aterradora simplicidade e majestade de Luiz Gonzaga, o rei do baião? Ou das lindas canções de Caetano Veloso, Maria Bethania, Nando Cordel e dos seus conterrâneos pernambucanos Alceu Valença, Dominguinhos, Geraldo Azevedo e Lenine? Isso sem falar nos paraibanos Zé e Elba Ramalho e do cearense Fagner...
E Não poderia deixar de lembrar também da genial família Caymmi e suas melofias doces e baianas a embalar dias e noites repletas de poesia...
Ah! Nordestinos...
Além de tudo isso, vocês ainda resistiram à escravatura? E foi daí que nasceu o mais famoso quilombo, símbolo da resistência dos negros á força opressora do branco que sabe o que é melhor para o nosso país? Por que vocês foram nos dar Zumbi dos Palmares? Só para marcar mais um ponto na sofrida e linda história do seu povo?
Um conselho, pobres nordestinos. Vocês deveriam aprender conosco, povo civilizado do sul e sudeste do Brasil. Nós, sim, temos coisas boas a lhes ensinar.
Por que não aprendem conosco os batidões do funk carioca? Deveriam aprender e ver as suas meninas dançarem até o chão, sendo carinhosamente chamadas de "cachorras". Além disso, deveriam aprender também muito da poesia estética e musical de Tati Quebra-Barraco, Latino e Kelly Key. Sim, porque melhor que a asa branca bater asas e voar, é ter festa no apê e rolar bundalelê!
Por que não aprendem do pagode gostoso de Netinho de Paula? E ainda poderiam levar suas meninas para "um dia de princesa" (se não apanharem no caminho)! Ou então o rock melódico e poético de Supla! Vocês adorariam!!!
Mas se não quiserem, podemos pedir ao pessoal aqui do lado, do Mato Grosso do Sul, que lhes exporte o sertanejo universitário... coisa da melhor qualidade!
Ah! E sem falar numa coisa que vocês tem que aprender conosco, povo civilizado, branco e intelectualizado: explorar bem o trabalho infantil! Vocês não sabem, mas na verdade não está em jogo se é ou não trabalho infantil (isso pouco vale pra justiça), o que importa mesmo é o QUANTO esse trabalho infantil vai render. Ou vocês não perceberam ainda que suas crianças não podem trabalhar nas plantações, nas roças, etc. porque isso as afasta da escola e é um trabalho horroroso e sujo, mas na verdade, é porque ganha pouco. Bom mesmo é a menina deixar de estudar pra ser modelo e sustentar os pais, ou ser atriz mirim ou cantora e ter a sua vida totalmente modificada, mesmo que não tenha estrutura psicológica pra isso... mas o que importa mesmo é que vão encher o bolso e nunca precisarão de Bolsa-família, daí, é fácil criticar quem precisa!
Minha mensagem então é essa: - Calem a boca, nordestinos!
Calem a boca, porque vocês não precisam se rebaixar e tentar responder a tantos absurdos de gente que não entende o que é, mesmo sendo abandonado por tantos anos pelo próprio país, vocês tirarem tanta beleza e poesia das mãos calejadas e das peles ressecadas de sol a sol.
Calem a boca, e deixem quem não tem nada pra dizer jogar suas palavras ao vento. Não deixem que isso os tire de sua posição majestosa na construção desse povo maravilhoso, de tantas cores, sotaques, religiões e gentes.
Calem a boca, porque a história desse país responderá por si mesma a importância e a contribuição que vocês nos legaram, seja na literatura, na música, nas artes cênicas ou em quaisquer situações em que a força do seu povo falou mais alto e fez valer a máxima do escritor: "O sertanejo é, antes de tudo, um forte!"
Que o Deus de todos os povos, raças, tribos e nações, os abençoe, queridos irmãos nordestinos!
José Barbosa Junior, na madrugada de 03 de novembro de 2010.
"Tente colocar bom senso na cabeça de um tolo e ele dirá que é tolice". - Eurípedes
"O maior prazer de um homem inteligente é bancar o idiota diante de um idiota que banca o inteligente". Confúcio
"Sou a única pessoa no mundo que eu realmente queria conhecer bem" (Oscar Wilde)
"O caráter de um homem deve ser medido pela sua disposição em sacrificar-se em prol de suas crenças" (Carlos Marighela)
Frase da semana
A manifestação popular é a legitimação da democracia (Dilma Roussef)
terça-feira, 25 de janeiro de 2011
segunda-feira, 17 de janeiro de 2011
Olha só o que espera a Dilma
Das garras do narcotráfico às fúrias das chuvas
O ano que passou, apesar dos problemas crônicos que insistem em continuar massacrando a população e indignando o contribuinte, foi muito festejado pelos brasileiros. Ascensão social, acesso a bens e serviços, respeito internacional e autoestima nas nuvens redobraram a esperança de viver dias melhores. Além do mais, comunidades dominadas pelo narcotráfico voltaram à normalidade, após a intervenção conjunta dos governos municipal, estadual e federal. Isso não era para ser comemorado? Mas a vida continua.
As significativas conquistas não foram suficientes para extirpar de vez males para os quais ainda não apareceu tratamento: a corrupção institucionalizada nos poderes públicos, a impunidade contra alguns privilegiados e a visível falta de estrutura para atender emergências de catástrofes por causa de fenômenos naturais. Por isso, toda despesa extra é colocada nos ombros do pobre trabalhador – e aí conhecemos a capacidade de arrecadação da máquina pública, via Receita Federal. Por que o investimento não é eficiente também?
Mas as atuais catástrofes que estamos assistindo impotentes, devido às chuvas na região serrana do Rio de Janeiro, em cidades de Minas Gerais e de São Paulo, são cíclicas e esperadas anualmente. No réveillon do ano passado, as cidades atingidas foram Angra dos Reis, no Rio de Janeiro, e São Luiz do Paraitinga, em São Paulo. O que fizeram para minimizar o que fatalmente ocorrerá? Qual é a orientação para se comportar nas situações de emergência? Existe algum plano de evacuação organizado e implantado pelas autoridades?
Infelizmente o homem não tem ingerência sobre os fenômenos naturais. A necessidade e a ignorância sobre a ocupação do solo, de forma incorreta e desordenada, expõem as pessoas a riscos e perigos que independem da ação do poder público. Mas os avanços tecnológicos permitem a antecipação da desocupação das áreas e evitar muitas mortes. Por que isso não acontece? Está mais do que provado que tentativas de improviso são caras, exaustivas e ineficientes. Os casos de heroísmos só são bonitos na mídia – ela gosta muito disso!
Jornais de grande circulação divulgam que em menos de uma década já foram gastos mais de R$ 3 bilhões nessas operações de resgate aos flagelados de enchentes e deslizamentos de encostas. Mas se for para reconstruir tudo da mesma forma, no mesmo local, sem nenhum plano de emergência que assegure a integridade das pessoas, é gastar dinheiro dos cofres públicos inutilmente. A Justiça deveria ser mais rigorosa na fiscalização quanto à ocupação das áreas de risco. Todos devem ser conscientes e responsáveis!
Esses episódios marcam para sempre os atingidos. O que mais se vê é choro: uns por escaparem com vida, outros pela perda de amigos e familiares. Também não faltam os casos que merecem destaque, como do homem que sobreviveu soterrado nos escombros, sob lama e blocos de concreto, sem nenhuma fratura no corpo; ou do outro que não deixou de prestar socorro e ajudar a salvar as vítimas em perigo, mesmo tendo todos os familiares desaparecidos. Como aceitar os bens resultantes do trabalho de uma vida caber numa mochila? Viu-se isso!
Lamentavelmente os desafortunados dependem mais da solidariedade humana do que do poder público – a maioria presente é voluntário civil. Onde estão as polícias civis e militares? As forças armadas? Cadê as ONGs, que recebem verbas públicas? Nessas horas vemos que o Estado pouco faz pelo cidadão! Muito diferente da voracidade quando é para arrecadar ou criar mais impostos. O que dizer dos políticos, principalmente os parlamentares, que se dão aumentos abusivos de salários? Grupos privados... Esquece. Êta povo condenado e desassistido!
Esquecer os problemas depois que a tempestade passa é o maior erro que as autoridades cometem. O que deve ser feito para evitar mais mortes? Quanto investir com campanhas educativas – a punitiva fica a cargo da Natureza – para os ocupantes das áreas de risco? Como solucionar problemas crônicos que causam tanto sofrimento a milhares de pessoas? Por que não punir quem se aproveita da situação para saquear, desviar e inflacionar os preços de bens e serviços? Que a presidente Dilma tenha sabedoria para achar uma solução!
O ano que passou, apesar dos problemas crônicos que insistem em continuar massacrando a população e indignando o contribuinte, foi muito festejado pelos brasileiros. Ascensão social, acesso a bens e serviços, respeito internacional e autoestima nas nuvens redobraram a esperança de viver dias melhores. Além do mais, comunidades dominadas pelo narcotráfico voltaram à normalidade, após a intervenção conjunta dos governos municipal, estadual e federal. Isso não era para ser comemorado? Mas a vida continua.
As significativas conquistas não foram suficientes para extirpar de vez males para os quais ainda não apareceu tratamento: a corrupção institucionalizada nos poderes públicos, a impunidade contra alguns privilegiados e a visível falta de estrutura para atender emergências de catástrofes por causa de fenômenos naturais. Por isso, toda despesa extra é colocada nos ombros do pobre trabalhador – e aí conhecemos a capacidade de arrecadação da máquina pública, via Receita Federal. Por que o investimento não é eficiente também?
Mas as atuais catástrofes que estamos assistindo impotentes, devido às chuvas na região serrana do Rio de Janeiro, em cidades de Minas Gerais e de São Paulo, são cíclicas e esperadas anualmente. No réveillon do ano passado, as cidades atingidas foram Angra dos Reis, no Rio de Janeiro, e São Luiz do Paraitinga, em São Paulo. O que fizeram para minimizar o que fatalmente ocorrerá? Qual é a orientação para se comportar nas situações de emergência? Existe algum plano de evacuação organizado e implantado pelas autoridades?
Infelizmente o homem não tem ingerência sobre os fenômenos naturais. A necessidade e a ignorância sobre a ocupação do solo, de forma incorreta e desordenada, expõem as pessoas a riscos e perigos que independem da ação do poder público. Mas os avanços tecnológicos permitem a antecipação da desocupação das áreas e evitar muitas mortes. Por que isso não acontece? Está mais do que provado que tentativas de improviso são caras, exaustivas e ineficientes. Os casos de heroísmos só são bonitos na mídia – ela gosta muito disso!
Jornais de grande circulação divulgam que em menos de uma década já foram gastos mais de R$ 3 bilhões nessas operações de resgate aos flagelados de enchentes e deslizamentos de encostas. Mas se for para reconstruir tudo da mesma forma, no mesmo local, sem nenhum plano de emergência que assegure a integridade das pessoas, é gastar dinheiro dos cofres públicos inutilmente. A Justiça deveria ser mais rigorosa na fiscalização quanto à ocupação das áreas de risco. Todos devem ser conscientes e responsáveis!
Esses episódios marcam para sempre os atingidos. O que mais se vê é choro: uns por escaparem com vida, outros pela perda de amigos e familiares. Também não faltam os casos que merecem destaque, como do homem que sobreviveu soterrado nos escombros, sob lama e blocos de concreto, sem nenhuma fratura no corpo; ou do outro que não deixou de prestar socorro e ajudar a salvar as vítimas em perigo, mesmo tendo todos os familiares desaparecidos. Como aceitar os bens resultantes do trabalho de uma vida caber numa mochila? Viu-se isso!
Lamentavelmente os desafortunados dependem mais da solidariedade humana do que do poder público – a maioria presente é voluntário civil. Onde estão as polícias civis e militares? As forças armadas? Cadê as ONGs, que recebem verbas públicas? Nessas horas vemos que o Estado pouco faz pelo cidadão! Muito diferente da voracidade quando é para arrecadar ou criar mais impostos. O que dizer dos políticos, principalmente os parlamentares, que se dão aumentos abusivos de salários? Grupos privados... Esquece. Êta povo condenado e desassistido!
Esquecer os problemas depois que a tempestade passa é o maior erro que as autoridades cometem. O que deve ser feito para evitar mais mortes? Quanto investir com campanhas educativas – a punitiva fica a cargo da Natureza – para os ocupantes das áreas de risco? Como solucionar problemas crônicos que causam tanto sofrimento a milhares de pessoas? Por que não punir quem se aproveita da situação para saquear, desviar e inflacionar os preços de bens e serviços? Que a presidente Dilma tenha sabedoria para achar uma solução!
Sobre a Família
As familias estão perdendo seu papel na sociadade. Lamentavelmente, é fato, é notório, motivo de preocupação, a decadência da família. A imagem da família vem sendo gradativamente denegrida, maculada, e soma um rol de fatores responsáveis por esse horrífero episódio. É inequívoco que muito se deve ser feito para resgatar o maior patrimônio herdado pelo ser humano, proveniente de Maria, José e Jesus, símbolos sagrados de amor, unidade e dignidade:
1-Falta de religiosidade
2-Violência urbana
3-Drogas
4-Alcoolismo
5-Consentimento
6-Liberdade em demasia
7-Consumismo
8-Vaidade
9-Absolutismo
10-Pedofilia
11-Trabalho escravo
12-Salários injustos
13-Inconseqüência nas escolas tanto públicas quanto privadas
14-Inveja
15-Inconformismo
Todos esses fatores e alguns outros mais, contribuem para a deterioração das famílias. Muitas vezes atribui-se culpa aos pais pelo relaxamento na condução dos filhos, sem somar conseqüências futuras. Outras vezes a culpa recai sobre os filhos que, em nome da modernidade e do consumismo se acham donos dos seus próprios narizes, mas que no fundo são incapazes de ter vida própria responsável, sem comprometer o restante da família, tanto no comportamento como nas despesas pessoais que geralmente não são poucas. Se analisássemos a genealogia de cada família chegaríamos à conclusão de que todos nós fomos criados praticamente no mesmo arquétipo, com os mesmos ensinamentos, abrindo-se um parêntese para considerações referentes ao poder aquisitivo de cada um.
Um dos fatos que muito me chama a atenção e não compreendo é o de crianças e adolescentes portarem armas de fogo e armas brancas nas ruas e nas escolas. Aí, surgem as perguntas: - De quem é a culpa? Dos pais, da criança, do adolescente ou de um terceiro que emprestou a arma? – A troco de quê? Drogas? Vingança? - No caso das escolas, de quem é a culpa? Do próprio aluno, dos pais ou da direção das escolas, que não vistoriam as mochilas dos alunos? Ou isso é ilegal? É constrangedor? Nesse caso, cabe a justiça criar um dispositivo para por fim às ocorrências. O fato é que cada vez mais se gasta com equipamentos de segurança, câmeras, grades, cercas elétricas e pouco se vê de resultados positivos. A cada dia piora a situação. As famílias estão perdendo suas raízes, suas referências.
No programa “Fala que eu escuto”, da Rede Record de Televisão, acompanhei a enquete e ouvi algumas opiniões de diferentes profissionais. Segundo a universitária Ariane, de Goiânia/GO, “Inconseqüência nas escolas são resultado do sistema de ensino pouco atrativo, da omissão dos pais e das leis de proteção ao menor”. Se sairmos hoje, de casa em
Casa, fazendo a seguinte pergunta: - Essa família é unida? Vocês vivem harmoniosamente? Possivelmente teremos uma média de um por cem, porque noventa e nove por centro das famílias têm algum problema com seus filhos. Os principais são: O uso de drogas, alcoolismo, a vaidade aliada ao desejo de consumo além do poder de compra dos pais. É preciso ficar atento e educar as crianças desde cedo e principalmente evitar as más companhias, responsáveis pelo desvio e perdição de oitenta por cento de crianças e adolescentes. Embora não seja uma tarefa fácil, deve-se mantê-las sempre com as mentes ocupadas. Uma dica é levar crianças e adolescentes para a igreja. Hoje, as igrejas disponibilizam diversas modalidades de cursos que, mesmo sem remuneração, mantém os jovens longe das ruas e das más companhias. A catequese e a música são as mais procuradas pelos pais. Ali se aprende e se encontra verdadeiros amigos, dignos de confiança.
1-Falta de religiosidade
2-Violência urbana
3-Drogas
4-Alcoolismo
5-Consentimento
6-Liberdade em demasia
7-Consumismo
8-Vaidade
9-Absolutismo
10-Pedofilia
11-Trabalho escravo
12-Salários injustos
13-Inconseqüência nas escolas tanto públicas quanto privadas
14-Inveja
15-Inconformismo
Todos esses fatores e alguns outros mais, contribuem para a deterioração das famílias. Muitas vezes atribui-se culpa aos pais pelo relaxamento na condução dos filhos, sem somar conseqüências futuras. Outras vezes a culpa recai sobre os filhos que, em nome da modernidade e do consumismo se acham donos dos seus próprios narizes, mas que no fundo são incapazes de ter vida própria responsável, sem comprometer o restante da família, tanto no comportamento como nas despesas pessoais que geralmente não são poucas. Se analisássemos a genealogia de cada família chegaríamos à conclusão de que todos nós fomos criados praticamente no mesmo arquétipo, com os mesmos ensinamentos, abrindo-se um parêntese para considerações referentes ao poder aquisitivo de cada um.
Um dos fatos que muito me chama a atenção e não compreendo é o de crianças e adolescentes portarem armas de fogo e armas brancas nas ruas e nas escolas. Aí, surgem as perguntas: - De quem é a culpa? Dos pais, da criança, do adolescente ou de um terceiro que emprestou a arma? – A troco de quê? Drogas? Vingança? - No caso das escolas, de quem é a culpa? Do próprio aluno, dos pais ou da direção das escolas, que não vistoriam as mochilas dos alunos? Ou isso é ilegal? É constrangedor? Nesse caso, cabe a justiça criar um dispositivo para por fim às ocorrências. O fato é que cada vez mais se gasta com equipamentos de segurança, câmeras, grades, cercas elétricas e pouco se vê de resultados positivos. A cada dia piora a situação. As famílias estão perdendo suas raízes, suas referências.
No programa “Fala que eu escuto”, da Rede Record de Televisão, acompanhei a enquete e ouvi algumas opiniões de diferentes profissionais. Segundo a universitária Ariane, de Goiânia/GO, “Inconseqüência nas escolas são resultado do sistema de ensino pouco atrativo, da omissão dos pais e das leis de proteção ao menor”. Se sairmos hoje, de casa em
Casa, fazendo a seguinte pergunta: - Essa família é unida? Vocês vivem harmoniosamente? Possivelmente teremos uma média de um por cem, porque noventa e nove por centro das famílias têm algum problema com seus filhos. Os principais são: O uso de drogas, alcoolismo, a vaidade aliada ao desejo de consumo além do poder de compra dos pais. É preciso ficar atento e educar as crianças desde cedo e principalmente evitar as más companhias, responsáveis pelo desvio e perdição de oitenta por cento de crianças e adolescentes. Embora não seja uma tarefa fácil, deve-se mantê-las sempre com as mentes ocupadas. Uma dica é levar crianças e adolescentes para a igreja. Hoje, as igrejas disponibilizam diversas modalidades de cursos que, mesmo sem remuneração, mantém os jovens longe das ruas e das más companhias. A catequese e a música são as mais procuradas pelos pais. Ali se aprende e se encontra verdadeiros amigos, dignos de confiança.
terça-feira, 11 de janeiro de 2011
Melhor que 2012
Essa é a opinião de algumas pessoas ouvidas acerca do filme O dia depois de amanhã. A produção de 2004 trata de um cenário apocalíptico em que acontecem mudanças climáticas, não a questão que está na moda sobre aquecimento global, mas sim de uma nova idade do gelo. A grande questão é: 2012, nós fomos avisados é uma trama sem pé nem cabeça, que mostra apenas o caos tomando conta do planeta, não tem algo que prende o espectador à tela, somente o espanto de ver um monte de lugar bonito ser destruído, enquanto O dia depois de amanhã tem toda a luta de Jack Hall em reencontrar seu filho e a luta de cientistas para entender o que se passa no planeta e o que vai acontecer no futuro.
É aí que está a diferença desse filme para 2012. Tido por alguns como a produção cinematográfica mais idiota de todos os tempos. A trama de Nós fomos avisados é toda torta, sem pé nem cabeça, faz o espectador ficar sentado na poltrona com o queixo caído vendo tudo ser destruído sem poder fazer nada, pois já sabe que todo vai ser destruído mesmo. E ainda tem o final patético de um recomeço, ora pois, se nada pode surgir do nada, como a vida pode ressurgir se tudo foi destruído? Os produtores do filme não souberam como responder à pergunta.
Mas em O dia depois de amanhã a história é diferente, pois há um final convincente, que deixa o espectador satisfeito com o filme, e atento ás mudanças climáticas, enquanto 2012 deixa-o apenas espantado e com a sensação de impotência.
É aí que está a diferença desse filme para 2012. Tido por alguns como a produção cinematográfica mais idiota de todos os tempos. A trama de Nós fomos avisados é toda torta, sem pé nem cabeça, faz o espectador ficar sentado na poltrona com o queixo caído vendo tudo ser destruído sem poder fazer nada, pois já sabe que todo vai ser destruído mesmo. E ainda tem o final patético de um recomeço, ora pois, se nada pode surgir do nada, como a vida pode ressurgir se tudo foi destruído? Os produtores do filme não souberam como responder à pergunta.
Mas em O dia depois de amanhã a história é diferente, pois há um final convincente, que deixa o espectador satisfeito com o filme, e atento ás mudanças climáticas, enquanto 2012 deixa-o apenas espantado e com a sensação de impotência.
quarta-feira, 5 de janeiro de 2011
Crise mundial do capitalismo permanece em 2011
Por Jodinaldo Lucena
A crise econômica mundial é resultado da superprodução do capitalismo. As forças produtivas, que se desenvolvem constantemente, encontram um freio na limitação do mercado mundial, isto é, se produz em demasia aumentando a oferta de mercadorias e como conseqüência ocorre uma perda de lucros em virtude da lei da oferta e demanda. A solução da burguesia é utilizar o Estado para destruir forças produtivas.
As forças produtivas com alto grau de desenvolvimento proporcionam a burguesia extrair uma gigantesca soma de mais-valia. Essa mais-valia se converte em capital financeiro, que sobrevive da especulação porque já não pode ser aplicado na produção.
A crise financeira, que hoje ronda o mundo, teve sua origem na especulação imobiliária nos EUA, um boom artificial de construções imobiliárias levou a um endividamento da classe média e afetou toda jogatina nas bolsas de valores a nível internacional.
De crise em crise o capitalismo na sua ultima fase de desenvolvimento ameaça levar a humanidade à barbárie. As recentes manifestações no fim de 2010 e inicio de 2011 na Europa são reflexos de que a crise permanece. Na Irlanda a economia entrou em colapso total. A Grécia colocou em marcha uma série de políticas para salvar os capitalistas que levou o país a greves gerais consecutivas. As manifestações de estudantes e trabalhadores na Itália e Inglaterra contra o corte de investimentos nas áreas sociais demonstram a disposição de luta dos movimentos. Em Portugal e Espanha milhares de trabalhadores estão desempregados. Também na América Latina o governo de Evo Morales decretou o ‘’gasolinazo’’ (aumento do preço da gasolina em 82%) que levou milhares de trabalhadores radicalizados a ruas fazendo o governo anular o decreto.
Na Brasil a perspectiva é de que o governo Dilma/PT aplique reformas para favorecer o capital internacional e nacional, começando pelo corte de oito bilhões de reais e por uma reforma tributária.
domingo, 2 de janeiro de 2011
Dilma coloca erradicação da miséria extrema como meta primordial de seu governo
Sáb, 01 Jan, 04h50
Por Tiago de Oliveira, especial para o Yahoo! Brasil
A presidente Dilma Rousseff colocou a erradicação da miséria extrema como meta primordial de seu governo e prometeu expandir o programa Prouni, que hoje é restrito ao ensino superior, ao ensino médio e profissionalizante.
Em seu discurso de inauguração no Congresso Nacional, Dilma fez um apelo para se formar um pacto entre instituições privadas, públicas e partidos políticos para alcançar o objetivo. "Vou perseguir a erradicação da pobreza extrema e criação de oportunidades a todos. Ainda existe muita pobreza a envergonhar o país. Não vou descansar enquanto houver brasileiro sem comida na mesa. Esse é compromisso a ser abraçado por todas as instituições, de todos os partidos, universidade, imprensa, e da juventude", afirmou a presidente.
Dilma sustentou que a miséria deve ser combatida através da manutenção da estabilidade econômica. "É preciso um longo ciclo de crescimento com geração de empregos necessários para as atuais e futuras gerações. Não permitiremos que essa praga da inflação volte a castigar as familias mais pobres."
A presidente disse que a consolidação da economia só será alcançada com uma reforma política. "Uma reforma politia é necessária para fazer avançar a nossa jovem democracia e fortalecer o sentido programático dos partidos", sustentou.
No discurso a parlamentares e chefes de estado e representantes de nações estrangeiras, Dilma fez um longo elogio ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Dilma exaltou ainda o ex-vice José alencar, internado para tratamento de câncer.
Dilma emocionou-se no final do discurso quando disse ser a presidente de todos os brasileiros, e também quando lembrou dos companheiros que tombaram na luta contra a ditadura. "Estendo a minha mão à oposição. Não haverá de minha parte discrminação. Sou a presidenta de todos os brasileiros."
O discurso da presidente foi visto do plenário do Congresso nacional pelos presidentes da Venezuela, Hugo Chávez, da Autoridade Nacional palestina, Mahmoud Abbas, e do Uruguai, José Mujica.
Parte do discurso já havia sido feito quando ela foi declarada vitoriosa em 31 de outubro. Dilma reforçou que é favorável à liberdade de imprensa. "Prefiro o barulho da imprensa livre do que o silencio das ditaduras", disse.
Dilma se encontrou com Luiz Inácio Lula da Silva no Palácio do Planalto logo em seguida, por volta das 16h50. Ela subiu a rampa ao lado do vice, Michel Temer. Antes, desfilou no Rolls-Royce presidencial ao lado da filha - Dilma é divorciada.
A cerimônia foi acompanhada por cerca de 30 mil pessoas, muitos ativistas do PT, vestidos de vermelho.
Lula recebeu Dilma com um caloroso abraço. Em seguida, eles se dirigiram ao Parlatório, onde Lula passou a faixa presidencial para Dilma.
Por Tiago de Oliveira, especial para o Yahoo! Brasil
A presidente Dilma Rousseff colocou a erradicação da miséria extrema como meta primordial de seu governo e prometeu expandir o programa Prouni, que hoje é restrito ao ensino superior, ao ensino médio e profissionalizante.
Em seu discurso de inauguração no Congresso Nacional, Dilma fez um apelo para se formar um pacto entre instituições privadas, públicas e partidos políticos para alcançar o objetivo. "Vou perseguir a erradicação da pobreza extrema e criação de oportunidades a todos. Ainda existe muita pobreza a envergonhar o país. Não vou descansar enquanto houver brasileiro sem comida na mesa. Esse é compromisso a ser abraçado por todas as instituições, de todos os partidos, universidade, imprensa, e da juventude", afirmou a presidente.
Dilma sustentou que a miséria deve ser combatida através da manutenção da estabilidade econômica. "É preciso um longo ciclo de crescimento com geração de empregos necessários para as atuais e futuras gerações. Não permitiremos que essa praga da inflação volte a castigar as familias mais pobres."
A presidente disse que a consolidação da economia só será alcançada com uma reforma política. "Uma reforma politia é necessária para fazer avançar a nossa jovem democracia e fortalecer o sentido programático dos partidos", sustentou.
No discurso a parlamentares e chefes de estado e representantes de nações estrangeiras, Dilma fez um longo elogio ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Dilma exaltou ainda o ex-vice José alencar, internado para tratamento de câncer.
Dilma emocionou-se no final do discurso quando disse ser a presidente de todos os brasileiros, e também quando lembrou dos companheiros que tombaram na luta contra a ditadura. "Estendo a minha mão à oposição. Não haverá de minha parte discrminação. Sou a presidenta de todos os brasileiros."
O discurso da presidente foi visto do plenário do Congresso nacional pelos presidentes da Venezuela, Hugo Chávez, da Autoridade Nacional palestina, Mahmoud Abbas, e do Uruguai, José Mujica.
Parte do discurso já havia sido feito quando ela foi declarada vitoriosa em 31 de outubro. Dilma reforçou que é favorável à liberdade de imprensa. "Prefiro o barulho da imprensa livre do que o silencio das ditaduras", disse.
Dilma se encontrou com Luiz Inácio Lula da Silva no Palácio do Planalto logo em seguida, por volta das 16h50. Ela subiu a rampa ao lado do vice, Michel Temer. Antes, desfilou no Rolls-Royce presidencial ao lado da filha - Dilma é divorciada.
A cerimônia foi acompanhada por cerca de 30 mil pessoas, muitos ativistas do PT, vestidos de vermelho.
Lula recebeu Dilma com um caloroso abraço. Em seguida, eles se dirigiram ao Parlatório, onde Lula passou a faixa presidencial para Dilma.
sábado, 1 de janeiro de 2011
Crítica programática à tese (UNE pela Base) do Movimento Rumo ao Socialismo (MRS) ao 13º CONEB da UNE
Por Jodinaldo Lucena
O Movimento Rumo ao Socialismo - MRS publicou sua tese ao 13º CONEB da UNE defendendo o emblema de ‘’UNE pela Base’’. A tese começa com uma caracterização da crise econômica mundial na Europa e os seus reflexos no Brasil, sustentando que a crise será descarregada pelo Estado sob os trabalhadores. Em seguida, situa o Brasil na conjuntura da crise e faz algumas críticas ao REUNI aprofundando a análise da reforma universitária e suas conseqüências nas universidades. Termina a tese criticando a desregulamentação do ensino superior e defendendo a ‘’UNE pela Base’’.
No geral o MRS faz, com a sua tese, uma oposição de palavras vazias, sem conteúdo e que pouco contribui para o avanço na consciência política dos estudantes. Prefere ‘’pisar em ovos’’ e ‘’não dar nome aos bois’’ porque na essência ofuscam a burocratização da UNE pela UJS/PCdoB. Tanto é, que em nenhuma linha da tese criticam o processo da burocratização e a estatização da entidade. Não defendem e estatização sem indenização das universidades privadas e não expõem o conteúdo de classe dos partidos.
Comecemos pela sua exposição acerca da reforma universitária:
‘’ Vemos que a Reforma Universitária: PROUNI, REUNI, LEI DE INOVAÇÃO TECNOLOGICA, DECRETO DE FUNDAÇÕES, entre outros, e todo seu desdobramento no ensino superior são projetos da classe dominante para intensificar o processo de utilização do Estado a serviço do Capital’’.
A análise da reforma universitária do governo Lula/PT é contraditória e bastante reformista. A reforma universitária é uma política do Banco Mundial, expressa pelo governo Lula, fruto da pressão da burguesia imperialista que tem o objetivo de privatizar e sucatear as universidades públicas. Ou seja, a ‘’intenção da classe dominante’’ não é ‘’intensificar a utilização do Estado a serviço do capital’’ mas privatizar a educação. Quanto à ‘’utilização do Estado’’ ele é um instrumento de força que já está a serviço da burguesia e aplica a suas políticas contra os trabalhadores. Na essência essa idéia é reformista implica em nutrir ilusões de que o Estado burguês pode servir aos trabalhadores.
‘’Por uma expansão de qualidade nas universidades públicas!’’
A que ‘’expansão de qualidade’’ o MRS se refere? Não se trata da mesma expansão de qualidade da UJS/PCdoB? O que o MRS não defende é que a verdadeira expansão será a universalização do ensino superior, fim dos processos seletivos e estatização das instituições pagas. A ‘’expansão de qualidade’’ é um emblema vazio e que por si só não diz nada. Esses pontos não existem na sua tese
‘’Pela paridade nos órgãos de deliberação da universidade!’’
Está contida nessa reivindicação a noção que o MRS tem de democracia na universidade. Os conselhos universitários são órgãos da burocracia universitária. Neles, o peso do seguimento estudantil, que constitui a maioria da comunidade universitária, é o menos importante. Nas universidades onde se conquistou a paridade nos conselhos não se acabou com as relações de poder internas. Foi justamente nessas universidades que funcionam pelo regime paritário onde impuseram regulamentos de graduação que retrocedem conquistas, aprovaram resoluções anti-estudante e fizeram processos administrativos contra o movimento estudantil.
Qual é a fórmula que o MRS usa para colocar em pesos iguais, pesos que na realidade são desiguais? A comunidade universitária é constituída por estudantes, funcionários e professores. O peso do seguimento estudantil nesses Conselhos com votos paritários estaria representado por ½, isto é, os funcionários e professores, que juntos são uma parcela ínfima da comunidade, constituiriam dois terços. Que democracia é essa que o MRS defende onde o maior seguimento tem pesos iguais a outros seguimentos menores?
A verdadeira democracia universitária será conquistada com a dissolução dos conselhos superiores e a instauração de uma Assembléia Geral Universitária constituindo um Governo Tripartite com maioria estudantil, onde o voto de cada seguimento seja proporcional a o seu real peso, isto significa que o voto seja universal sem distinção entre categorias de trabalhadores. Quem divide a administração interna em vários conselhos diferentes é a burocracia universitária, que possui interesses e privilégios materiais. Portanto, a paridade que o MRS defende é uma política anti-democrática e anti-estudantil.
O ponto mais gritante na tese do MRS é a defesa da coexistência do ensino público com o ensino privado sob o manto da ‘’Defesa dos estudantes das universidades pagas’’. O MRS sustenta, equivocadamente, que foi na década de 1990 com as políticas dos governos neoliberais onde as universidades pagas tiveram ‘’grande expansão’’. Não é verdade! A ‘’grande expansão’’ das universidades privadas foi nos oito anos do governo Lula/PT, basta confirmar no censo do ensino superior 2010. Dos 5, 95 milhões de estudantes matriculados no ensino superior, 4, 43 milhões estão nas universidades pagas, nos últimos anos as matrículas no ensino público tiveram quedas exponenciais em relação ao privado. A grande façanha do REUNI foi abrir míseras 77 mil vagas entre 2007 e 2010.
O MRS defende para os estudantes das universidades pagas ‘’redução das mensalidades’’ e uma ‘’assistência estudantil financiada pela própria universidade’’. O primeiro deixa explicito a aceitação da coexistência do ensino público com o ensino pago. O segundo trata-se de uma piada de mau gosto porque todos os recursos que a universidade privada possui são retirados da mercantilização da educação, cobrar uma assistência da própria universidade como se ela tivesse recursos independentes da exploração só existe no mundo encantado do MRS que, então, conclui:
‘’Atacar cirurgicamente o Capital nessas instituições pode acumular forças para organização dos trabalhadores, enquanto classe contra o Capital e fortalecer o peso das reivindicações especificas imediatas que levam os estudantes a se movimentar’’.
O MRS faz a proposta de ser o médico que vai colocar numa UTI e ‘’atacar cirurgicamente’’ o moribundo capitalismo já putrefato. O ensino privado não pode coexistir com o ensino público sem que este ultimo seja sucateado. O desafio que se coloca para o movimento é a luta pelo fim do ensino pago; pela estatização sem indenização sob o controle dos trabalhadores.
A ultima parte mais equivocada, que não contribui em nada para o avanço na consciência dos estudantes e sua politização é o ultimo ponto da tese que defende a ‘’UNE pela Base’’. Segundo o MRS os coletivos de estudantes que surgiram nas universidades são um fenômeno que substituiu os ‘’partidos de esquerda’’ na luta do movimento estudantil. Idéia completamente surreal uma vez que os coletivos são orientados e dirigidos pelos partidos de todos os matizes. Qualquer organização centralizada, com um programa político e que propõe ser direção das massas constitui-se um partido, aí está incluído o MRS com todo seu ‘’apartidarismo’’ e sua concepção equivocada de partido. Jogar na mesma lata todos os partidos políticos cumpre um desfavor aos estudantes, trata-se de um malabarismo sofismático do MRS que contribui para a despolitização e ofusca a realidade.
Não existe o conceito de ‘’novo’’ ou ‘’velho’’ movimento estudantil, o que há é uma crise de direção expressa pela burocratização e estatização das entidades. A UJS/PcdoB, corrente de orientação stalinista, está na direção da UNE burocraticamente a 20 anos e que apenas aprofundou a estatização da entidade, que tem suas raízes fincadas muito antes do governo Lula/PT.
Outro ponto conflitante na tese é o zig-zag que faz entre o rompimento ou permanência nas entidades de massa. Ora, o MRS se posiciona contra o rompimento da UNE, mas no movimento sindical constrói a INTERSINDICAL que foi um rompimento de vanguarda com a CUT. Se a UNE é uma entidade de massa e, portanto nela o MRS defende a unidade dos estudantes, porque no movimento sindical rompeu com a CUT e se reivindica da INTERSINDICAL, central sindical nanica?ser direçe se propm um programa polidos de todos os matizes.ploraços que a universidade paga possui sm distinç Sua análise de permanência na UNE é uma decisão acertada, pois reconhece a necessidade de lutar pela maioria, mas no movimento de trabalhadores rompe com a entidade mais importante que é a CUT, onde está a maioria dos trabalhadores em detrimento da unidade.
‘’No campo, vemos o MST enfrentando as multinacionais do agronegócio’’.
Na verdade ouve um refluxo nas ocupações de terra, aumento da perseguição aos camponeses e assassinatos. O governo Lula/PT não cumpriu a tarefa de reforma agrária e amordaçou as direções do movimento sem-terra.
Por fim concluí a tese convocando a esquerda da UNE a construir lutas conjuntas e um movimento ‘’autônomo’’ dos partidos:
‘’Compreendemos os limites e não vamos ficar reféns dele, iremos agitar, onde quer que estejamos: o caminho é construir um movimento estudantil autônomo dos partidos, dos governos e reitorias, organizado pela base’’.
É possível imaginar até onde vai o movimento ‘’autônomo dos partidos’’ proposto pelo MRS... Assim, o MRS joga no lixo o ‘’marxismo-leninismo’’ do qual supostamente defendem, que tem na estrutura de partido bolchevique a sua maior expressão de luta centralizada pela revolução. A ultima afirmação deles teria sido mais feliz se tivessem defendido um movimento estudantil independente dos partidos e governos burgueses.
O Movimento Rumo ao Socialismo - MRS publicou sua tese ao 13º CONEB da UNE defendendo o emblema de ‘’UNE pela Base’’. A tese começa com uma caracterização da crise econômica mundial na Europa e os seus reflexos no Brasil, sustentando que a crise será descarregada pelo Estado sob os trabalhadores. Em seguida, situa o Brasil na conjuntura da crise e faz algumas críticas ao REUNI aprofundando a análise da reforma universitária e suas conseqüências nas universidades. Termina a tese criticando a desregulamentação do ensino superior e defendendo a ‘’UNE pela Base’’.
No geral o MRS faz, com a sua tese, uma oposição de palavras vazias, sem conteúdo e que pouco contribui para o avanço na consciência política dos estudantes. Prefere ‘’pisar em ovos’’ e ‘’não dar nome aos bois’’ porque na essência ofuscam a burocratização da UNE pela UJS/PCdoB. Tanto é, que em nenhuma linha da tese criticam o processo da burocratização e a estatização da entidade. Não defendem e estatização sem indenização das universidades privadas e não expõem o conteúdo de classe dos partidos.
Comecemos pela sua exposição acerca da reforma universitária:
‘’ Vemos que a Reforma Universitária: PROUNI, REUNI, LEI DE INOVAÇÃO TECNOLOGICA, DECRETO DE FUNDAÇÕES, entre outros, e todo seu desdobramento no ensino superior são projetos da classe dominante para intensificar o processo de utilização do Estado a serviço do Capital’’.
A análise da reforma universitária do governo Lula/PT é contraditória e bastante reformista. A reforma universitária é uma política do Banco Mundial, expressa pelo governo Lula, fruto da pressão da burguesia imperialista que tem o objetivo de privatizar e sucatear as universidades públicas. Ou seja, a ‘’intenção da classe dominante’’ não é ‘’intensificar a utilização do Estado a serviço do capital’’ mas privatizar a educação. Quanto à ‘’utilização do Estado’’ ele é um instrumento de força que já está a serviço da burguesia e aplica a suas políticas contra os trabalhadores. Na essência essa idéia é reformista implica em nutrir ilusões de que o Estado burguês pode servir aos trabalhadores.
‘’Por uma expansão de qualidade nas universidades públicas!’’
A que ‘’expansão de qualidade’’ o MRS se refere? Não se trata da mesma expansão de qualidade da UJS/PCdoB? O que o MRS não defende é que a verdadeira expansão será a universalização do ensino superior, fim dos processos seletivos e estatização das instituições pagas. A ‘’expansão de qualidade’’ é um emblema vazio e que por si só não diz nada. Esses pontos não existem na sua tese
‘’Pela paridade nos órgãos de deliberação da universidade!’’
Está contida nessa reivindicação a noção que o MRS tem de democracia na universidade. Os conselhos universitários são órgãos da burocracia universitária. Neles, o peso do seguimento estudantil, que constitui a maioria da comunidade universitária, é o menos importante. Nas universidades onde se conquistou a paridade nos conselhos não se acabou com as relações de poder internas. Foi justamente nessas universidades que funcionam pelo regime paritário onde impuseram regulamentos de graduação que retrocedem conquistas, aprovaram resoluções anti-estudante e fizeram processos administrativos contra o movimento estudantil.
Qual é a fórmula que o MRS usa para colocar em pesos iguais, pesos que na realidade são desiguais? A comunidade universitária é constituída por estudantes, funcionários e professores. O peso do seguimento estudantil nesses Conselhos com votos paritários estaria representado por ½, isto é, os funcionários e professores, que juntos são uma parcela ínfima da comunidade, constituiriam dois terços. Que democracia é essa que o MRS defende onde o maior seguimento tem pesos iguais a outros seguimentos menores?
A verdadeira democracia universitária será conquistada com a dissolução dos conselhos superiores e a instauração de uma Assembléia Geral Universitária constituindo um Governo Tripartite com maioria estudantil, onde o voto de cada seguimento seja proporcional a o seu real peso, isto significa que o voto seja universal sem distinção entre categorias de trabalhadores. Quem divide a administração interna em vários conselhos diferentes é a burocracia universitária, que possui interesses e privilégios materiais. Portanto, a paridade que o MRS defende é uma política anti-democrática e anti-estudantil.
O ponto mais gritante na tese do MRS é a defesa da coexistência do ensino público com o ensino privado sob o manto da ‘’Defesa dos estudantes das universidades pagas’’. O MRS sustenta, equivocadamente, que foi na década de 1990 com as políticas dos governos neoliberais onde as universidades pagas tiveram ‘’grande expansão’’. Não é verdade! A ‘’grande expansão’’ das universidades privadas foi nos oito anos do governo Lula/PT, basta confirmar no censo do ensino superior 2010. Dos 5, 95 milhões de estudantes matriculados no ensino superior, 4, 43 milhões estão nas universidades pagas, nos últimos anos as matrículas no ensino público tiveram quedas exponenciais em relação ao privado. A grande façanha do REUNI foi abrir míseras 77 mil vagas entre 2007 e 2010.
O MRS defende para os estudantes das universidades pagas ‘’redução das mensalidades’’ e uma ‘’assistência estudantil financiada pela própria universidade’’. O primeiro deixa explicito a aceitação da coexistência do ensino público com o ensino pago. O segundo trata-se de uma piada de mau gosto porque todos os recursos que a universidade privada possui são retirados da mercantilização da educação, cobrar uma assistência da própria universidade como se ela tivesse recursos independentes da exploração só existe no mundo encantado do MRS que, então, conclui:
‘’Atacar cirurgicamente o Capital nessas instituições pode acumular forças para organização dos trabalhadores, enquanto classe contra o Capital e fortalecer o peso das reivindicações especificas imediatas que levam os estudantes a se movimentar’’.
O MRS faz a proposta de ser o médico que vai colocar numa UTI e ‘’atacar cirurgicamente’’ o moribundo capitalismo já putrefato. O ensino privado não pode coexistir com o ensino público sem que este ultimo seja sucateado. O desafio que se coloca para o movimento é a luta pelo fim do ensino pago; pela estatização sem indenização sob o controle dos trabalhadores.
A ultima parte mais equivocada, que não contribui em nada para o avanço na consciência dos estudantes e sua politização é o ultimo ponto da tese que defende a ‘’UNE pela Base’’. Segundo o MRS os coletivos de estudantes que surgiram nas universidades são um fenômeno que substituiu os ‘’partidos de esquerda’’ na luta do movimento estudantil. Idéia completamente surreal uma vez que os coletivos são orientados e dirigidos pelos partidos de todos os matizes. Qualquer organização centralizada, com um programa político e que propõe ser direção das massas constitui-se um partido, aí está incluído o MRS com todo seu ‘’apartidarismo’’ e sua concepção equivocada de partido. Jogar na mesma lata todos os partidos políticos cumpre um desfavor aos estudantes, trata-se de um malabarismo sofismático do MRS que contribui para a despolitização e ofusca a realidade.
Não existe o conceito de ‘’novo’’ ou ‘’velho’’ movimento estudantil, o que há é uma crise de direção expressa pela burocratização e estatização das entidades. A UJS/PcdoB, corrente de orientação stalinista, está na direção da UNE burocraticamente a 20 anos e que apenas aprofundou a estatização da entidade, que tem suas raízes fincadas muito antes do governo Lula/PT.
Outro ponto conflitante na tese é o zig-zag que faz entre o rompimento ou permanência nas entidades de massa. Ora, o MRS se posiciona contra o rompimento da UNE, mas no movimento sindical constrói a INTERSINDICAL que foi um rompimento de vanguarda com a CUT. Se a UNE é uma entidade de massa e, portanto nela o MRS defende a unidade dos estudantes, porque no movimento sindical rompeu com a CUT e se reivindica da INTERSINDICAL, central sindical nanica?ser direçe se propm um programa polidos de todos os matizes.ploraços que a universidade paga possui sm distinç Sua análise de permanência na UNE é uma decisão acertada, pois reconhece a necessidade de lutar pela maioria, mas no movimento de trabalhadores rompe com a entidade mais importante que é a CUT, onde está a maioria dos trabalhadores em detrimento da unidade.
‘’No campo, vemos o MST enfrentando as multinacionais do agronegócio’’.
Na verdade ouve um refluxo nas ocupações de terra, aumento da perseguição aos camponeses e assassinatos. O governo Lula/PT não cumpriu a tarefa de reforma agrária e amordaçou as direções do movimento sem-terra.
Por fim concluí a tese convocando a esquerda da UNE a construir lutas conjuntas e um movimento ‘’autônomo’’ dos partidos:
‘’Compreendemos os limites e não vamos ficar reféns dele, iremos agitar, onde quer que estejamos: o caminho é construir um movimento estudantil autônomo dos partidos, dos governos e reitorias, organizado pela base’’.
É possível imaginar até onde vai o movimento ‘’autônomo dos partidos’’ proposto pelo MRS... Assim, o MRS joga no lixo o ‘’marxismo-leninismo’’ do qual supostamente defendem, que tem na estrutura de partido bolchevique a sua maior expressão de luta centralizada pela revolução. A ultima afirmação deles teria sido mais feliz se tivessem defendido um movimento estudantil independente dos partidos e governos burgueses.
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