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sexta-feira, 13 de abril de 2012

Embates e desembates acerca da construção da Usina Hidrelétrica de Belo Monte


A usina hidrelétrica de Belo Monte tem sua construção idealizada nas proximidades de Altamira pretende produzir o correspondente a 10% do consumo nacional de energia elétrica. Não é descartada a sua importância para o progresso da nação, mas o que mais a impede é o seu impacto não só com a floresta, que será inundada, mas também com o que acontecera com os animais e seres humanos que vivem e precisam dessa floresta.
A mídia de alcance nacional, interessada em favorecer os interesses dos grandes empresários, que serão os únicos beneficiados com essa obra, tanto os que farão a obra, quanto os que se beneficiarão com a distribuição e o uso dessa energia, se recusa a mostrar os impactos negativos da implantação da usina. Mas citá-los-ei nas linhas abaixo.
O primeiro se trata da construção da barragem, o solo amazônico é composto por areia, e boa parte de sua extensão é de planícies, qualquer barragem no curso dos rios inunda uma grande área. A fauna e a flora podem entrar em desequilíbrio, pois a Amazônia é um ecossistema muito sensível. Como o solo é arenoso, parte da água irá infiltrar-se por ele, podendo causar movimentos sísmicos e a água parada aquecida pelo sol, aumentará a temperatura média no entorno do lago. As árvores submersas entrarão em decomposição liberando na atmosfera uma infinidade de toneladas de carbono, contribuindo para o aumento do aquecimento global.
Outro prejuízo é no que diz respeito às lutas das pessoas que vivem na área que será inundada. Uma série de movimentos ligados à terra e à preservação da floresta a ao que ela significa para os que dela precisam. O Estado se divide, pois há os que defendem os que defendem os interesses dos que vivem da floresta e os que defendem os interesses dos que se beneficiariam com a obra, enquanto isso o debate se arrasta.
Debates que envolvem outras questões são enfatizados pela mídia dominante, mas outros, como estes, em que a opinião da sociedade organizada contraria os interesses da mídia e dos grandes empresários que a apóiam, simplesmente são ignorados, não chegam ao conhecimento da grande massa. A imprensa está a serviço das classes dominantes, mostram apenas o que não atrapalham ou apóiam o seu interesse.
Levanto aqui a seguinte interrogação: Uma sociedade que desconsidera os interesses do que necessitam do espaço para sobreviver e privilegia uma mínimalíssima parcela da população pode ser dita democrática?

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