Já era de se
acreditar que todas as promessas de calmarias nas relações entre patrões e
empregados na Bahia não sairiam do palanque. As eleições de 2006 selaram de vez
o sarcófago do Carlismo, tirando da família coronelista Magalhães. A parceria
Lula e Wagner prometia fazer da Bahia, um estado promissor, como se tornou o
Brasil em toda Era Lula, e tem sido na Era Dilma, aliás, o que elegeu Wagner em
2006 foram dois fatores de peso: o fato de o baiano estar enfadado da tríade carlista
despótica ACM, César Borges e Paulo Souto e o ótimo trabalho do Presidente Lula
no seu primeiro mandato.
Ao contrário
do que Lula fez em prol das classes trabalhadoras, Wagner procedeu nos mesmos moldes
dos seus antecessores, como um ditador carlista priorizou os interesses das classes
dominantes, enquanto as classes ligadas a serviços fundamentais como saúde,
educação e segurança sobrevivem com salários insuficientes, incompatíveis com
as funções em um estado violento, inseguro, quem mal tem meios de se manter.
Enquanto os
salários dos trabalhadores são cada vez mais arrochados, obras faraônicas são construídas
a fim de beneficiar somente a burguesia agrícola e industrial instalada no estado.
Verdadeiros elefantes brancos estão sendo construídos para beneficiar os
grandes empresários, tanto os ligados à construção civil quanto os que desfrutarão
dessas obras, entre as quais se pode destacar a ponte Salvador-Itaparica; a rodovia
Trans Sertaneja (que liga Barreiras a Juazeiro) e a Ferrovia Leste-Oeste (que
liga Barreiras a Ilhéus).
O Governo do
PT na Bahia não deixa alternativa para 2014 que não o retorno dos ditadores
Carlistas, pois o autoritarismo típico de seus antecessores está presente em
seus atos governamentais. Talvez uma nova força, um governo de centro-esquerda
possa assumir o poder, mas algo é certo. O futuro da Bahia é incerto na atual
conjuntura política.
O governo
Wagner em seus seis anos bateu todos os recordes que se pode imaginar. Crescimento
econômico, obras iniciadas e entregues, investimentos em ação social e greves. Isso
mesmo, greves. Todo ano ocorre uma temporada de greves. Servidores de todas as
esferas do Estado, sem exceção á pararam seus serviços ao menos uma vez nos
seis anos de Governo Wagner. Polícia Civil e Militar, Educação, Saúde,
Fiscalização, Administração. Mas nada contra os grevistas, é um direito dele e
desde que justa, as greves têm o apoio dos que entendem os dois lados da
questão.
Em 2012 já
pararam duas classes, a primeira foi a Polícia Militar, reivindicando não só
melhores salários, mas também melhores condições de trabalho. Por quase vinte
dias a Assembleia Legislativa foi ocupada por grevistas e com a imprensa e a
burguesia publicitária de Salvador tendo seus lucros ameaçados pela impossibilidade
do Carnaval, logo o Estado atendeu aos anseios dos grevistas e a greve foi
solucionada. O Estado ganhou, a burguesia ganhou e a classe trabalhadora ficou
chupando dedo mais uma vez.
Um mês depois
foi a vez da Educação, os docentes cancelaram as atividades em inícios de abril
e já estamos às portas de junho e nada foi feito. Isso porque os docentes
parados trazem prejuízo apenas a eles e aos estudantes, enquanto a burguesia
que financia o governo não sofre prejuízos com essa paralisação, então o
governo nada faz para findar a greve a não ser medidas punitiva, como ameaça de
exoneração aos líderes dos movimentos e cortes significativos dos salários numa
tentativa de enfraquecer o movimento, uma vez que, segundo Maslow, comida é a
primeira necessidade do homem.
Dois meses de
paralisação e nada feito. Muito bonito o papel do nosso Governo, uma vez que
uma das suas promessas de campanha, que garantiu suas duas eleições em primeiro
turno foi a garantia de salários justos para os profissionais da Saúde,
Educação e Segurança pública. Tudo isso não passou de promessa de palanque, e
como seus antecessores, o governo do PT na Bahia não passou de um governo
autoritário, demagógico, que nada fez pelos trabalhadores a não ser prometer e
fazer exatamente como seus antecessores, oprimir, reprimir e suprimir.
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